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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Dica de Estudo: Dormir bem depois de estudar ajuda no aprendizado, afirma pesquisa

Estudo publicado pela "Science" indica que uma boa noite de sono após estudos ajuda a reter memórias

RIO - Uma boa noite de sono após os estudos ajuda no aprendizado, indica um novo estudo publicado na revista "Science". Pela primeira vez, pesquisadores da Langone Medical Center, em Nova York, mostram que o sono profundo logo depois de estudar incentiva o crescimento de conexões entre as células cerebrais, o que ajuda a reter memórias.

— Sabemos há muito tempo que o sono desempenha um papel importante na aprendizagem e na memória. Se você não dorme bem, você não vai aprender bem — afirmou Wen Biao-Gan, pesquisador de neurociência e fisiologia da NYU — Mas o que é o mecanismo físico subjacente responsável por esse fenômeno? Aqui nós mostramos como o sono ajuda os neurônios a formarem conexões muito específicas em ramos que podem facilitar a memória de longo prazo.
Em nível celular, o sono nunca é tranquilo. Células do cérebro soltam faíscas de informações constantemente durante a vigília. Cientistas acreditam que essa ação ajuda a formar novas memórias e a fortalecer informações que podem não ter sido compreendidas anteriormente.
Para entender como este mecanismo funciona, os pesquisadores ensinaram ratos a se equilibrarem em uma vara de fiação e acompanharam as células antes e depois do aprendizado. Com o tempo, os ratos aprenderam a se equilibrar na haste que gradualmente passou a girar mais rápido.
— É como aprender a andar de bicicleta. Uma vez que você aprende, você nunca esquece — afirma Gan.
Depois de acompanhar as mudanças cerebrais com o aprendizado, a pesquisa passou a investigar o impacto do sono nos resultados. Eles treinaram dois grupos de ratos: um formado por ratos que ficavam na haste girando por uma hora e que, em seguida, dormiam durante sete horas e outro que treinou o mesmo período mas ficou acordado nas sete horas seguintes.
— Imagine uma árvore onde crescem folhas em um ramo mas não em outro. Quando aprendemos algo novo é como se estivesse brotando folhas em um ramo específico.
Os pesquisadores concluíram que uma parte do cérebro é ativada quando o camundongo aprende uma tarefa e entra em um sono profundo. Perturbar este processo impede o desenvolvimento destes neurônios.
— Nossos dados sugerem que a reativação neuronal durante o sono é muito importante para o crescimento de conexões específicas dentro do córtex motor — afirma Dr. Gan





http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/dormir-bem-depois-de-estudar-ajuda-no-aprendizado-afirma-pesquisa-12742394#ixzz33siZQTEl

Dica de estudo: Escrever à mão é mais eficaz do que digitar para aprender

Em busca de comodidade, cada vez mais deixamos de lado papel e caneta e optamos por digitar. Para muitos pode ser mais prático escrever um e-mail do que uma carta. No entanto, cientistas da Universidade de Princeton alertam que nem sempre o método mais rápido é o melhor. Quando se trata de tomar nota o mais indicado é escrever à mão: nos ajuda a focar no essencial e reter conceitos com mais facilidade

O psicólogo Daniel Oppenheimer e sua equipe pediram a alguns estudantes que assistissem a uma palestra e fizessem anotações a lápis ou no notebook. Depois de 30 minutos, eles interrogaram os voluntários sobre elementos fatuais e conceituais e descobriram que aqueles que escreveram com papel e caneta se saíram significativamente melhor, sobretudo em relação a ideias abstratas, ainda que o restante tivesse registrado mais informações no computador.

Segundo os pesquisadores tomar nota implica em selecionar um dado (codificar) e recordá-lo mais tarde (armazenamento), o que confere benefícios de aprendizagem. Quando a primeira parte se torna muito fácil, perdemos a oportunidade de absorver algo novo, principalmente quando se trata de conceitos e não fatos. Escrever à mão, por outro lado, nos obriga a focar no essencial já que não somos fisicamente capazes de escrever cada palavra, o que facilita a assimilação.

Os resultados publicados online no Psychological Science ajudam a esclarecer um fenômeno que os psicólogos chamam de dificuldade desejável: a necessidade de esforço e investimento para assimilar novos conteúdos. “Às vezes, os obstáculos que nos frustram nos ajudam a aprender. Antes de mergulharmos nas novas tecnologias que prometem tornar a vida mais fácil, pode valer a pena nos perguntarmos se realmente trazem os benefícios que esperamos ou apenas subestimam nossa capacidade”, diz Oppenheimer.

http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/escrever_a_mao_e_mais_eficaz_do_que_digitar_para_aprender.html